Uma jovem grávida abandonada pagou a passagem de uma senhora no metrô e, em troca, recebeu a chance de uma nova vida…
Emma sentia-se a mulher mais feliz do mundo. Um ano atrás, ela morava com sua tia, que a tratava como uma empregada. Mas então aconteceu um milagre — ela conheceu Lucas. Um homem confiante e bem-sucedido, que a convidou para morar com ele. Emma não hesitou nem por um segundo.
A vida parecia um conto de fadas. Casa acolhedora, trabalho, noites felizes com seu amado. E então — a tão esperada notícia: ela estava grávida. E de gêmeos! Cheia de alegria, ela correu para casa para contar a Lucas. Mas, ao abrir a porta, sentiu um cheiro familiar — seu perfume, que não usava havia muito tempo. Da suíte, vinham sons. Segurando o esfregão, Emma abriu a porta… e viu Lucas com outra. Ele nem ao menos parecia constrangido.
«Não me olhe assim, Emma, — disse ele calmamente. — Acontece. O amor acabou, e nem era verdadeiro…»
Sem dizer uma palavra, ela saiu correndo do apartamento. Vagou pelas ruas até tarde da noite, e pela manhã decidiu voltar para a casa da tia. Porém, ao ficar de frente para a casa, lembrou-se de como a tia previa uma vida infeliz para ela. Virando-se, Emma foi para o rio. À beira da água, ela chorava: «Perdoem-me… Eu não vou conseguir…»
A decisão estava tomada. Ela pegou um ônibus e, em seguida, um trem para chegar à clínica. No vagão, notou uma senhora idosa mexendo nervosamente em sua saia. Ela estava sem dinheiro para a passagem.
«Vovó, você não tem bilhete?» — perguntou Emma suavemente.
«Esqueci a carteira em casa… E preciso visitar meu neto», — respondeu a senhora, envergonhada.
Sem pensar duas vezes, Emma pagou a passagem dela. A mulher sorriu agradecida: «Você é uma garota bondosa. Para onde você vai?»
Emma não conseguiu conter as lágrimas e contou tudo: traição, gravidez, medos… A senhora apenas acariciava sua mão. «Eu vejo que você tem um bom coração. Você se arrependerá se fizer isso.»
Na estação, os caminhos se separaram, mas as palavras da senhora não saíam da cabeça de Emma. O médico disse que, se ela atrasasse, a consulta seria adiada para o dia seguinte. Na entrada da clínica, Emma viu novamente a mesma mulher.
«Eu estava tão esperançosa de que você mudasse de ideia!» — exclamou ela, feliz.
«Vovó, não me atormente…»
«Não me chame assim. Vamos, vou apresentar você ao meu neto.»
Ela pegou Emma pela mão com confiança e a conduziu pelo corredor. A porta se abriu e apareceu um homem, não tão velho.
«Eu estava esperando por você. A vovó me contou tudo,» — ele sorriu. Era o médico-chefe, Mark.
«Eu já tomei uma decisão…» — começou Emma.
«Permita-me discordar. Se você estivesse decidida, não teria vindo aqui.»
Ela olhou para ele, percebendo que ele tinha razão. Mark lhe ofereceu água e sugeriu que pensasse. «Eu amo muito minha avó, mas estou preocupado com ela. Ela precisa de alguém por perto. E você precisa de um lar. Vamos fazer assim: você vai morar com ela, cuidar uma da outra, e eu vou ajudar no que puder. Apenas tente.»
Duas horas depois, eles já estavam a caminho da casa da avó, que se chamava Greta. Ela falava alegremente, antecipando a chegada dos bebês. Mark frequentemente as visitava, e Emma gradualmente se acostumou à sua companhia.
Um dia, eles foram juntos buscar as coisas de Emma. Lucas ficou impressionado com a barriga dela e a presença de Mark. Ele correu para ela:
«Esses são meus filhos!»
Emma olhou para Mark, sentindo o apoio dele, e respondeu:
«Não, Lucas, esses são meus filhos, e você não tem nada a ver com isso.»
Pouco depois, ela deu à luz duas meninas. O primeiro a entrar no quarto foi Mark, radiante de alegria: «Elas são lindas!»
Emma sorriu: «Obrigada… Se não fosse por você e Greta…»
Ele riu: «A vovó disse recentemente que deveríamos nos casar.»
Emma olhou para ele surpresa.
«Eu… queria dizer isso há muito tempo, mas tinha medo. Você é mais nova do que eu…»
«Mark…» — ela interrompeu suavemente. «Você está me pedindo em casamento?»
Ele ficou tímido: «Bem… sim…»
Emma pegou na mão dele e sorriu:
«Eu aceito.»
