Cão-Polícia Heroico
Ruby, uma cadela de 11 anos, foi sacrificada no dia 13 de maio devido a uma “doença aguda, súbita e incurável”.
“A K-9 Ruby dedicou sua vida a servir os cidadãos de Rhode Island e a ter um impacto positivo em todas as pessoas com quem interagiu”, disse o Coronel Darnell Weaver, superintendente da Polícia Estadual de Rhode Island, em um comunicado oficial. “Ela se tornou um símbolo de esperança para todos os cães de abrigo, mostrando ao mundo o que um cão resgatado pode fazer, quando recebe amor e uma chance de brilhar.”
“Ela teve uma vida cheia, feliz e maravilhosa, não apenas como uma agente da polícia, mas como parte de uma família amorosa. Ela trabalhou até o fim e nunca desistiu de fazer o que mais amava — fazer as pessoas sorrirem”, acrescentou.
Ruby, uma mistura de pastor-australiano e border collie, foi a primeira cadela resgatada a treinar com a Polícia Estadual de Rhode Island. Seu treinador, o Cabo Daniel O’Neil, preparou-a durante um ano, ajudando-a a se tornar uma policial certificada na Unidade K-9 da Polícia Estadual de Rhode Island em 2012.
Antes de entrar para a força policial estadual, Ruby estava na Sociedade de Rhode Island para a Prevenção da Crueldade contra os Animais (RISPCA), ainda buscando um lar depois de meses no abrigo e cinco tentativas de adoção fracassadas.
Embora a enérgica cadela tivesse comportamentos difíceis de lidar, a voluntária do abrigo, Patricia Inman, permaneceu dedicada a Ruby, treinando-a e trabalhando para encontrar um lar definitivo ideal para ela.
Esse lugar acabou sendo na Polícia Estadual de Rhode Island e na casa de O’Neil, onde Ruby vivia quando estava fora do trabalho. Juntos, Ruby e O’Neil ajudaram a encontrar inúmeras pessoas desaparecidas.
A história de Ruby ganhou destaque nacional após um resgate particularmente notável em 2017. Na época, O’Neil recebeu uma ligação do Departamento de Polícia de Gloucester, em Rhode Island, pedindo ajuda para localizar um garoto desaparecido há mais de 36 horas.
Após seis horas de busca, Ruby encontrou o menino desaparecido e ficou ao lado dele com O’Neil até que os resgatistas chegassem para levar a criança ao hospital.
Quando o menino estava a caminho da segurança, Ruby e O’Neil encontraram a família da criança. Eles ficaram chocados ao descobrir que a mãe do garoto era Patricia Inman, a voluntária do abrigo da RISPCA que nunca desistiu de buscar um lar definitivo para Ruby.
“Ela começou a chorar. Eu comecei a chorar”, disse O’Neil ao site PEOPLE em março, sobre a reação de Patricia ao perceber que Ruby tinha resgatado sua salvadora.
“Mesmo seis anos após não vê-la, Ruby abanava o rabo e pulava sobre Pat, dando-lhe lambeijos”, acrescentou. “Eu disse a Pat: ‘Pat, esta foi a forma de Ruby dizer obrigado por dar a ela uma chance’. ”
A jornada de Ruby, de animal de abrigo a cão herói, inspirou o filme da Netflix, “Resgatados por Ruby”, que estreou em 17 de março.
“Há um espírito de campeão em todos nós, que às vezes precisa de uma pessoa para enxergar o que nós mesmos não vemos”, disseram SQuire Rushnell e Louise DuArt, os produtores executivos do filme “Resgatados por Ruby”, em um comunicado ao site PEOPLE.
“Como dramatizado no nosso filme, ‘Resgatados por Ruby’, eles precisaram um do outro para que aquele espírito campeão florescesse. Gostamos de imaginar que uma cadela de resgate chamada Ruby, salva nos últimos minutos por Trooper Dan e um ‘Guiado por Deus’, agora chegou ao seu destino celestial e ouviu estas palavras: ‘Boa garota, minha fiel serva’.”
