
Há quatro anos, Claudia Papp decidiu dar uma chance a um cachorro acolhido do Diamonds in the Ruff Animal Rescue. O cachorro, chamado Chapo, tinha sido salvo de uma situação abusiva e acabou na lista de eutanásia de um abrigo.
Quando Papp trouxe Chapo para casa pela primeira vez, ele estava aterrorizado. Ele tinha pulgas, vermes, uma infecção de pele e seus dentes estavam fraturados.
“Provavelmente ele nem andou na minha direção durante pelo menos cinco dias”, disse Papp. “Ele ficou parado na porta dos fundos, olhando para ela a noite toda.”
Por causa de tudo pelo que Chapo passou, ele levou muito tempo para se sentir minimamente confortável na casa de Papp. Mesmo cinco meses depois de estar com Papp, ele ainda tinha medo de sair para fora.
Antes de acolher Chapo, Papp já havia acolhido 47 outros cães. Mas havia algo na gentileza e profundidade de Chapo que tornou impossível para ela se despedir. Assim, ela decidiu fazer de Chapo seu primeiro “fracasso como lar temporário”.
Um dia, depois de perceber que Chapo tinha uma doce relação com seu gato, Papp decidiu acolher uma gatinha necessitada chamada Cecily. Chapo foi instantaneamente atraído pela energia brincalhona e contagiante de Cecily, e Cecily confiava em Chapo por causa de seu comportamento calmo e respeitoso.
Não demorou muito para que a presença de Cecily desse a Chapo a coragem de se sentir confortável em seu novo lar. Após apenas duas semanas com Cecily na casa, Chapo simplesmente se levantou sozinho e saiu pela porta para o quintal — algo que ele nunca havia feito antes.
“Foi algo nela que deu a ele um nível de confiança que ele nunca teve em todo o tempo que esteve comigo e provavelmente em toda a sua vida”, disse Papp.
Papp nunca poderia imaginar que tudo o que seu cachorro de 50 libras precisava para se abrir era um gatinho. Ao ver o efeito positivo de Cecily sobre Chapo, Papp decidiu continuar acolhendo gatinhos. À medida que Chapo fazia amizade com mais e mais gatinhos, ele se tornava cada vez mais confortável, confiante e carinhoso.
Os gatinhos serviram como modelos para Chapo — ele até imitava seus movimentos. Quando um gatinho se deitava de costas, ele fazia o mesmo, e quando um gatinho esticava as pernas, ele também esticava as suas.
Papp acolheu muitos gatinhos em dificuldades de saúde. Tanto quanto a energia brincalhona deles curava Chapo, ele os apoiava em suas próprias dificuldades.
“Ele tem essa habilidade de cuidar que eu realmente nunca entendi como ele conseguiu, porque certamente ele não aprendeu isso com a pessoa que o tinha antes”, disse Papp.
Já se passaram quatro anos desde que Papp acolheu Chapo, o que significa que ele oficialmente passou mais tempo em um lar amoroso do que em sua vida anterior.
“Ele atingiu um nível de progresso que eu realmente nunca achei possível para ele”, disse Papp.
Graças aos muitos gatinhos que passaram pela casa de Papp, Chapo não poderia ser mais diferente do cachorro assustado que ela trouxe para casa no início.